Entrevista a Flávio Soares, Presidente da JSD Açores

Flávio Soares, 29 anos e natural do Nordeste, ilha de São Miguel. Conclui, em 2009, o Curso de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos na Escola Profissional de Nordeste. De 2013 a 2017 foi membro da Assembleia de Freguesia de Santana, eleito pelo PSD. Em 2015, tornou-se Secretário Geral da JSD Açores e em 2016 foi Diretor Adjunto de Campanha para as Eleições Legislativas Regionais. Desde o dia 5 de Março de 2017 que é Presidente da JSD Açores.

Como tem sido a experiência de liderar a JSD Açores?

Quando em 2015 me convidaram para ser Secretário Geral fiquei deveras entusiasmado, gosto muito de questões de logística, de organização e de estar em contacto permanente com as estruturas. Decidi avançar para Presidente contrariado, apenas porque achava que não tinha o perfil de Presidente mas sim de Secretário Geral. Depois de ouvir os militantes as estruturas decidi avançar. A experiência tem sido muito interessantes, aquela pessoa que achava que não tinha perfil continua agora com a mesma atitude, em contacto permanente com as estruturas, estar presente em todas as iniciativas e, acima de tudo, ter uma relação de grande proximidade com todos.

 

Quais as principais preocupações da JSD Açores?

Desde que esta equipa tomou posse temos tentado denunciar tudo aquilo que não concordamos mas temos também tido a preocupação, e só assim faz sentido, de apresentar medidas alternativas, temos tido o cuidado de apresentar propostas que, verdadeiramente, tragam alguma coisa diferente à juventude açoriana e que melhore a qualidade de vida desses mesmos jovens, como é o caso do emprego, educação, transportes, programas de estágio, entre muitos outros. A nossa preocupação não é passar a mensagem do PSD aos jovens mas sim ouvir os jovens e auscultar os seus problemas e levar ao PSD para que possamos, juntos, apresentar propostas. Modéstia à parte penso que temos andado em cima dos acontecimentos e temos sabido aproveitar as oportunidades para apresentar propostas nas alturas certas.

 

Qual a importância da Universidade de Verão da JSD Açores?

Estou presente na UV desde do seu início, a primeira edição realizou-se em 2014, na ilha de São Miguel, passados cinco anos a Universidade de Verão tomou proporções que ninguém estava à espera, pelo menos eu, já realizamos a UV Açores em cinco ilhas diferentes e já formamos cerca de 160 jovens na nossa região, cerca de 60% não militantes mas que depois vieram a tornar-se como tal. A UV Açores tem objetivos diferentes da UV Nacional. O objetivo principal é levar cada vez mais longe o nome da JSD Açores, mobilizar jovens e incentivar esses mesmo jovens a participarem na vida política da nossa região.

 

Quais as prioridades dos jovens da Região Autónoma dos Açores?

A principal prioridade dos jovens açorianos é, neste momento, o emprego. Poder terminar os seus estudos e colocar em prática essa mesma aprendizagem. É incompreensível como não existe uma forte aposta e acompanhamentos destas situações, em que jovens se vêm obrigados a ter de abandonar a sua ilha por outra ou até mesmo ter de ir para outro país. Outra das prioridades dos jovens açorianos é a educação, em que não há uma estratégia definida por parte deste governo regional, não podemos aplicar a mesma estratégia para a educação em Ponta Delgada que para Santa Maria, tem de haver diferenciação e uma real preocupação por cada uma dos açorianos, independentemente da sua ilha, do seu concelho ou da sua freguesia.

 

Como é que a Juventude Social Democrata pode potenciar a Região Autónoma dos Açores.

O principal modo de potenciar a região é auscultar as nossas propostas e tentar colaborar para a sua promoção a nível nacional. Muitas das nossas propostas têm dimensão nacional e ficam “pelo caminho” porque não os deputados eleitos pelos Açores muitas vezes não têm espaço na sua agenda política para os levar em frente. Se a JSD Nacional e os Deputados da JSD pudessem muitas vezes avançar com a apresentação dessas propostas seria muito mais fácil e mais proveitoso.