JSD defende fecho imediato das escolas a partir do 7º ano e ajustamento no calendário do atual ano letivo

Face ao momento extraordinário que o país vive com a pandemia da COVID-19 descontrolada e o aumento preocupante do número de infeções nas faixas etárias mais jovens, a Comissão Política Nacional da Juventude Social Democrata defende a suspensão imediata das atividades letivas presenciais a partir do 7º ano do Ensino Básico e Secundário e do Ensino Superior, com um ajustamento ao calendário do atual ano letivo para que a aprendizagem tenha os menores impactos negativos possíveis.

A JSD defende que, neste momento crítico, é “preferível a suspensão organizada e planeada das aulas presenciais e o fecho das escolas do que uma possível debandada geral e desorganizada dos alunos das escolas, devendo o Governo proceder de imediato ao ajustamento do calendário letivo para diminuir as perdas na aprendizagem que a suspensão das aulas presencial acarreta, acautelando também os processos de avaliação e as regras de acesso ao Ensino Superior para o próximo ano letivo”, refere o Presidente da JSD, Alexandre Poço.

Para a JSD, é tempo do Governo agir rapidamente ao contrário do que tem feito, colocando a saúde pública de alunos, professores e pessoal não-docente à frente de uma teimosia que já ninguém entende no país, e que “visa apenas esconder a impreparação notória do Governo para responder ao agravamento da pandemia e o não cumprimento de promessas por parte do Primeiro-Ministro António Costa”, diz Alexandre Poço, destacando a “falha brutal na promessa de entrega de computadores e acesso à internet a todos os estudantes, feita a 9 de abril de 2020 pelo Primeiro-Ministro António Costa para o início do atual ano letivo e que ficou por cumprir”, acrescenta o Presidente da JSD.

A JSD defende que este fecho temporário das escolas e das instituições de Ensino Superior não deve desresponsabilizar o Governo no acompanhamento e garantia de aprendizagem dos alunos, nomeadamente dos alunos que vivem em contextos socioeconómicos mais desfavorecidos e dos alunos com maiores dificuldades de aprendizagem, sendo da “maior urgência a aceleração do processo de entrega de computadores e garantir os apoios necessários às famílias e encarregados de educação”, defende Alexandre Poço.

A Juventude Social Democrata espera que o bom-senso chegue ao Governo, que acerte o passo na definição clara e percetível das medidas, apelando ainda a todos os estudantes e jovens para que cumpram as regras e orientações definidas por parte das autoridades de saúde no combate à pandemia da COVID-19.