JSD pede explicações ao Governo e ao IAVE sobre mudança de critérios de correção no exame nacional de Matemática

– No dia 25 de junho, mais de 45.000 estudantes portugueses realizaram o exame de Matemática A.

– Apesar de estar em vigor desde 2015 um novo programa curricular, inscreveram-se vários alunos que aprenderam de acordo com o anterior programa curricular, pelo que houve a preocupação de avaliar as especificidades próprias de cada um dos programas em itens de escolha múltipla, aos quais o IAVE chamou de “itens de alternativa”, identificados nas provas da seguinte forma: P2001/2002 (Programas de Matemática A, de 10º, 11º e 12º anos, homologados em 2001 e 2002) e PMC2015 (Programa e Metas Curriculares de Matemática A, homologado em 2015).

– Ora, no cabeçalho do exame de Matemática A era indicado: “Responda apenas a um dos itens. Na sua folha de respostas identifique claramente o item selecionado.” Ou seja, o aluno, mediante as opções- P2001/2002, PMC2015- devia ter optado por responder apenas a uma das respostas.

– No entanto, numa nota enviada na quinta-feira aos professores corretores, três dias depois da realização da prova, o IAVE deu instruções opostas, estipulando que se o aluno tiver acabado por responder aos dois itens e uma das respostas estiver correta, “esta deve ser considerada” para efeitos de cotação.

– Estas instruções dadas pelo IAVE são contrárias àquelas que foram dadas no exame.

– A JSD estranha esta mudança de critérios que prejudica os alunos que se limitaram a responder de acordo com as regras que o próprio enunciado do exame estabelecia.

– Independentemente da disciplina, neste ano letivo, houve também a alteração súbita da estrutura dos exames, sem aviso prévio aos estudantes. As cotações das perguntas foram alteradas, acrescentaram-se e retiraram-se grupos de questões. Tudo isto foi digerido pelos estudantes no momento de realização da prova.

– Importa  ainda criticar a má elaboração do exame no que respeita às questões alternativas, onde pondo em opção uma matéria específica de um programa com matérias comuns aos dois programas.

– Perante estas modificações, os professores consideraram que os jovens estudantes foram “autênticas cobaias”.

– Esta é uma situação de manifesta desigualdade criada entre alunos, optando o IAVE por prejudicar curiosamente aqueles que se limitaram a cumprir as instruções.

A JSD já questionou o Senhor Ministro da Educação e o Senhor Presidente do IAVE, numa situação que considera inaceitável.