Para a JSD, a cultura não está para ‘drinks’ e pede mais apoios para combater calamidade no setor

A Juventude Social Democrata repudia as declarações da Ministra produzidas esta semana quando questionada sobre os problemas pelos quais passa o setor.

Ao ser confrontada com este problema dramático, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, respondeu: “vamos beber o drink de fim de tarde.” Como mais vale cair em Graça do que ser engraçado, a JSD questiona a Ministra: “quantos drinks de final de tarde são necessários para tomar consciência do estado de miséria em que os profissionais da Cultura se encontram?”

Para a Juventude Social Democrata, as afirmações da Ministra da Cultura são chocantes, demonstrando uma ausência de sensibilidade para as dificuldades pelas quais passam todos os profissionais da Cultura. A JSD entende ainda que as declarações de Graça Fonseca demonstram uma elevada desvalorização e falta de respeito pelos profissionais que devia defender, demonstrando que quando não há soluções ou respostas, a Ministra foge dos temas.

Para a Juventude Social Democrata, os apoios ao setor continuam escassos, pelo que exigimos ao governo que olhe de forma séria para os profissionais do setor, equacionando mais apoio para combater a calamidade pela qual o setor está a passar desde o início da pandemia da COVID-19.

A Juventude Social Democrata irá denunciar as falhas graves e lutar pela valorização deste setor, reiteradamente esquecido ou relegado para segundo plano, apesar das promessas de Graça Fonseca e António Costa.

Em Portugal, a Cultura é um dos setores onde a precariedade e, sobretudo, a instabilidade e intermitência profissional e financeira mais se fazem sentir. A JSD defenderá que se faça também um censo ao setor da cultura para que se conheça efetivamente, com dados e factos concretos, a realidade de um setor cronicamente frágil.

Em resultado da pandemia, várias famílias ligadas à área da Cultura deparam-se hoje com graves dificuldades financeiras, nomeadamente o cancelamento inesperado de espetáculos, concertos e outras atividades culturais, que constituem o sustento de muitas famílias.

Para fazer face à situação dramática em que se encontram profissionais da Cultura, a União Audiovisual (grupo informal criado para apoiar os trabalhadores do setor) tem ajudado entre 150 a 160 trabalhadores do ramo por semana, segundo os responsáveis, com recurso à doação de bens alimentares aos mais necessitados.