UV 2022 | Destaques do 5º Dia

O dia de sexta-feira começou com a aula do Eurodeputado Paulo Rangel, que falou aos alunos da Universidade de Verão sobre o tema “A caminho de uma nova Europa?”. Paulo Rangel realizou um enquadramento histórico desde a constituição da Europa até à atualidade. “O projeto da União Europeia é um projeto para a paz e a inclusão de novos países pode ser a garantia indispensável para a paz na Europa”, destacou o vice-presidente do PSD.

“O que me preocupa neste momento é que esta guerra, juntamente com a pandemia e o pós-pandemia, está a criar uma grave situação económica. Quem não se preparou para tempos mais difíceis, vai estar mais exposto e mais vulnerável. Toda e Europa e todo o Mundo está mais exposto, mas Estados mais frágeis, como é o caso do nosso, com governos que foram incompetentes como é o caso do de António Costa, naturalmente que estamos expostos a consequências mais severas desta situação”, concluiu.

Ainda durante a manhã os alunos assistiram ao Workshop sobre redes sociais com Beatriz Ferreira. Uma aula bastante dinâmica e prática, onde os alunos tiveram a oportunidade de conhecer estratégias, formatos e plataformas úteis para a gestão diária das comunidades online.

 

A tarde de trabalho prosseguiu com a aula “Portugal: Novas Desigualdades” com a participação de Miguel Poiares Maduro e Inês Palma Ramalho. Desigualdades socioeconómicas, desigualdades de género, desigualdades entre gerações e desigualdades territoriais foram alguns dos tópicos abordados pelos oradores. Inês Palma Ramalho reforçou que “temos tendência para olhar para as coisas que conhecemos: se eu crescer no mesmo ambiente, com o mesmo grupo, com o núcleo definido, não ouvindo e não conhecendo realidades diferentes, vou fazer sempre igual e vou fechar as fronteiras”, promovendo assim desigualdades na sociedade.

Para Poiares Maduro, as desigualdades acentuam-se quando “o Estado não é isento e imparcial, refletindo as preferências de um partido político. Nesses casos, menor é a qualidade da democracia e menores são as suas condições de crescimento económico”.

“Os jovens têm pouca confiança nos instrumentos da política nacional e nos partidos políticos. Por esse motivo, temos que fazer mais esforços para atrair os jovens à participação política nacional, mas temos de pensar também em formas de reorganizar o sistema político para promover maior representação dos seus interesses que o sistema político tende a não ter em conta de forma adequada”, afirmou Miguel Piares Maduro.

O penúltimo jantar-conferência da 18ª Universidade de Verão contou com a presença de Carlos Moedas. O convidado da noite transmitiu aos alunos a sua visão sobre os principais desafios para o futuro dos jovens. O presidente da Câmara de Lisboa reforçou a importância dos jovens na implementação de mudanças fundamentais. “Esta capacidade da juventude de mudar está relacionada com aquilo que a juventude tem de melhor, que é sentir o futuro e sentir que tem algo que quer fazer. Sente que tem um propósito”, reforçou.