UV2022 | Destaques do 3º Dia

O dia de quarta-feira, 3º dia da Universidade de Verão, começou com o debate entre Patrícia Silva e Sebastião Bugalho sobre “Voto Obrigatório: Sim ou Não”. Num debate rico em argumentos, Patrícia Silva destacou o peso da abstenção, principalmente da abstenção nas gerações mais jovens, sendo fundamental criar uma relação entre os jovens e o voto através da implementação do voto obrigatório na primeira eleição. “O voto obrigatório não pode existir, nessa primeira votação, sem informação, sem o trabalho cuidado nas escolas em que os jovens aprendam a mecânica do sistema eleitoral que, por si só, é complicado”, afirmou.

Sebastião Bugalho defende a não obrigatoriedade do voto. Na sua opinião, o voto obrigatório mina a liberdade e neste sentido destacou que “a democracia não deixa de ser democracia com o voto obrigatório, mas a democracia deixa de ser tão democrática por causa do voto obrigatório”.

Ainda durante a manhã os alunos assistiram ao Workshop sobre sondagens e estudos de opinião com Alexandre Picoto, uma aula onde os alunos tiveram a oportunidade de analisar, compreender e interpretar dados de diferentes realidades e enquadramentos.

Durante a tarde, José Eduardo Martins lecionou a aula “Ambiente e Energia: Prioridades do nosso tempo”, na qual debateu com os jovens sobre a importância das escolhas da sociedade em contexto ambiental, tendo em conta o impacto atual e futuro. “A energia foi o motor da civilização e, durante quase um século, isso permitiu o crescimento da população que, hoje, tem um peso brutal para a Terra”, concluiu.

O jantar-conferência deste terceiro dia da Universidade de Verão contou com a presença de Luís Marques Mendes, que apresentou aos alunos a sua visão sobre o próximo ciclo eleitoral relacionando-o com a política internacional. “A política internacional hoje é absolutamente indispensável para sabermos o nosso presente e sobretudo o nosso futuro. Política internacional é cada vez mais política interna. O que se passa hoje em dia lá fora, nos EUA, na Alemanha, na Rússia ou na China, influencia decididamente o nosso presente e o nosso futuro”, concluiu.