Anteriores Líderes
São treze* os antigos Presidentes das Comissões Políticas Nacionais da JSD. Desde que a função existe formalmente foi desempenhada por pessoas muito diferentes. Os seus princípios e valores são semelhantes mas as épocas de mandato bem distintas. E são estas que influenciam o exercício do Poder.
Porque os homens e as instituições são fruto do seu tempo, aqui deixamos o enquadramento histórico das lideranças da JSD.
* António Rebelo de Sousa e António Fontes assumiram posições de liderança numa altura em que o cargo de “Presidente” não havia ainda sido criado.
Anteriores Líderes
“Acredito na nossa geração e num país onde as oportunidades existem independentemente do nosso ponto de partida. Um país onde sejamos capazes de desenvolver com liberdade os nossos projetos de vida. Um país onde o Estado funcione, mas não sufoque. Um país onde cada jovem possa viver e sonhar. Um país onde a educação de qualidade seja de facto um elevador social. Um país onde a sociedade civil e a iniciativa privada sejam fortes. Um país que seja livre de poderes instalados e não seja capturado pelos interesses de alguns. Um país que tenha ambição e que não se acomode. E é este país que a JSD defende e quer ajudar construir!”
Margarida Balseiro Lopes, natural da Marinha Grande, foi a primeira mulher Presidente da Juventude Social Democrata.
Durante o seu mandato conviveu com a liderança de Rui Rio, mobilizando a JSD para as eleições Europeias de maio de 2019 e as eleições Legislativas de outubro do mesmo ano. Em articulação com o Partido, os jovens obtiveram representações notáveis, obtendo o segundo lugar na lista de candidatos ao Parlamento Europeu e encabeçando a lista de candidatos a deputados no Porto e em Leiria. Esta última responsabilidade incumbiu à Presidente da JSD.
Durante o mandato de Margarida Balseiro Lopes, a JSD bateu-se pela transparência no exercício de cargos públicos, denunciando uma vez mais o flagelo da corrupção. A visibilidade pública desta bandeira teve por expoente máximo o discurso proferido na Assembleia da República por ocasião das celebrações do 25 de abril.
Ademais, a JSD apresentou propostas nas áreas da educação, do voluntariado e dos cuidados paliativos, desenvolveu um estudo sobre o grau de literacia dos jovens em relação à União Europeia e realizou um referendo interno referente à legalização das drogas leves.
A reta final do mandato ficou indelevelmente marcada pela pandemia da COVID-19, que assolou o Mundo e obrigou a JSD a reinventar-se, conduzindo-a para um patamar digital sem precedentes, cujo corolário consistiu na realização do primeiro congresso nacional virtual.
Aceda aqui ao resumo do Mandato da CPN 2018-2020, liderad0 pela Margarida Balseiro Lopes
Cristóvão Simão Ribeiro natural de Porto exerce actualmente o cargo de Deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral do Porto.
O seu mandato inicia-se no com o governo de coligação PSD/CDS de Pedro Passos Coelho e o governo de apoio parlamentar socialista de António Costa.
Foram mandatos marcados pelo combate às ordens profissionais; o apoio a concessão de bolsas de ação social no ensino superior a jovens independentemente de os pais terem dívidas fiscais ou não; a instituição de um dia certo para o pagamento das bolsas e a regulamentação de algumas profissões até aqui sem CAE (Classificação de Atividade Económica).
Hugo Soares natural de Braga é licenciado em direito e advogado de profissão.
Exerce actualmente o cargo de Deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral de Braga, foi eleito em 2011 e um ano depois, torna-se vice-presidente do grupo parlamentar do PSD e em 2017 torna-se presidente do grupo parlamentar do PSD.
Duarte Marques nasceu em Lisboa, em 1981. É licenciado em Relações Internacionais, pelo Instituto de Ciências Sociais e Políticas. Aos 21 anos, trabalhou como Assessor Político na Presidência de Conselho de Ministros e desde 2005 até ter assumido as funções de Presidente da JSD foi Chefe de Gabinete do Grupo do PSD do Parlamento Europeu. Foi eleito Vogal da Comissão Política Nacional da JSD em 2006, em 2008 foi Vice-Presidente e desde Novembro de 2010 a Dezembro de 2012 foi Presidente da JSD.
Exerce actualmente o cargo de Deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral de Santarém.
Fala inglês, espanhol e francês.
Os Partido devem mudar a sua linguagem para com os jovens e adoptar bandeiras de futuro, alinhadas com os interesses da juventude portuguesa. Se não o fizeram, vão continuar a acusar os jovens de alheamento político sem perceberem que a culpa é de um certo modo de actuação que nunca se preocuparam em modernizar.
Os dois mandatos de Pedro Rodrigues decorrem durante os governos socialistas de José Sócrates, tendo estado cerca de três anos e meio em oposição.
No lado do PSD, “coabitou” com as lideranças de Luís Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho.
Trabalhando com quatro presidentes do Partido, a JSD de Pedro Rodrigues foi não só um referencial de estabilidade mas também de irreverência. Na memória ficam iniciativas como as do “Pinócrates” e “Vamos correr com o Sócrates”, que aliaram o aguçado ataque político a um mediatismo que a Jota soube recuperar para si.
Os temas do Arrendamento Jovem e do Desemprego são elevados à categoria de bandeiras prioritárias, sendo que no primeiro caso o Governo veio a atrás a iniciativa da JSD, reconhecendo o seu mérito.
Pedro Rodrigues combate igualmente o afastamento dos jovens da política: é com esse objectivo que nasce a “Formação Sub-18”, mini-curso de política de grau 1 ministrado nas escolas.
Finalmente, é com esse presidente que a JSD lanças as primeiras publicações sobre a sua História: “O tempo dos líderes” e “Histórias da JSD”, lançadas respectivamente no 34ª Aniversário e XXI Congresso.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Set/2007 – Luís Filipe Menezes torna-se líder do PSD
Mai/2008 – PSD elege Manuela Ferreira Leite em Eleições Directas
Ago/2008 – Crise do Subprime nos EUA atinge o seu auge com a falência de empresas fulcrais para o mercado financeiro mundial
Jan/2009 – Barack Obama vence presidenciais norte-americanas
Jun/2009 – PSD vence as eleições europeias, elegendo 8 eurodeputados para o PPE
Set/2009 – Durão Barroso é reeleito Presidente da Comissão Europeia
Set/2009 – José Sócrates renova o mandato como PM, mas PS perde a maioria absoluta.
Out/2009 – Programa “Erasmus 1º emprego”, proposta eleitoral da JSD, é aprovada no Parlamento Europeu
Mar/2010 – Eleições Directas no PSD: Pedro Passos Coelho torna-se Presidente
Há dois palcos fundamentais para a JSD, pelos quais me empenhei: o Associativismo Jovem e o espaço autárquico. É aí que primeiro sentimos o chamamento para a causa pública e em que tentamos melhorar a nossa terra, o nosso meio.(Daniel Fangueiro)
Daniel Fangueiro foi o líder que contribuiu para um feito histórico do PSD: a eleição presidencial de Aníbal Cavaco Silva, em que muito se fez sentir a mobilização da JSD.
Foi um mandato repleto de actos eleitorais, todos ganhos pelo Partido: Presidenciais, Regionais e Autárquicas.
Nestas últimas a JSD voltou a conseguir um extraordinário número de mandatos, premiando o trabalho local dos seus quadros, tradicionalmente motivados para servir as suas gentes.
As eleições Legislativas que antecederam o seu mandato ditaram que Daniel Fangueiro estivesse quase todo o seu mandato sem o apoio de Deputados da JSD. Ainda assim, conseguiu-se uma boa relação com o Grupo Parlamentar, nomeadamente na Lei do Associativismo Jovem.
Formação política, combate à abstenção e relações internacionais integraram a sua liderança. Neste último campo, conseguiu-se, pela primeira vez, presidir ao European Democratic Studants.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Abr/2005 – Marques Mendes é eleito líder do PSD.
Out/2005 – Eleições autárquicas, pautadas por nova vitória do PSD.
Jan/2006 – Cavaco Silva é eleito Presidente da República.
Mai/2006 – Primeiras eleições directas no PSD: militantes elegem Marques Mendes.
Fev/2007 – Após referendo, Portugal despenaliza o aborto.
Fev/2007 – Alberto João Jardim demite-se em protesto contra a Lei das Finanças Regionais, reforçando em seguida a sua maioria.
Sejam humildes mas com personalidade, tenham intervenção sem serem inoportunos, sejam combativos mantendo a educação.
Também é possível fazer política não tendo personalidade, sendo inoportuno e grosseiro, mas não na JSD… (Jorge Nuno Sá)
Jorge Nuno Sá fez quase todo o seu mandato num quadro de Poder: conviveu com os Governos de Durão Barroso e de Santana Lopes.
Foram tempos em que o natural inconformismo da JSD teve de esgrimir forças com o seu sentido de responsabilidade e solidariedade com o Partido.
A JSD teve um “grupo parlamentar” que chegou a ser mais numeroso que toda a oposição à esquerda do PS. Houve muita capacidade de intervenção e a Jota esteve no centro das decisões sobre juventude.
Educação e Ensino Superior foram áreas de intervenção por excelência deste mandato, nunca esquecendo as campanhas de Prevenção de Riscos e a profunda reflexão sobre o Sistema Político.
Jorge Nuno Sá é também o presidente do fim do Serviço Militar Obrigatório: um combate de muitos anos e ganho com grande esforço (o líder do parceiro de coligação era Ministro da Defesa e grande adepto do SMO…).
O seu exercício fica também ligado à Universidade de Verão da JSD, PSD e Instituto Sá Carneiro: um evento anual de formação de quadros que se tornou num ícone da rentrée política em Portugal.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Fev/2003 – Entra em vigor o Tratado de Nice
Mar/2003 – Cimeira das Lajes, com Bush, Blair, Aznar e Barroso: Iraque sobre a mesa
Nov/2003 – GNR parte para o Iraque
Jun/2004 – Durão Barroso, convidado a presidir a Comissão Europeia, abandona cargo de PM
Jul/2004 – Santana Lopes substitui Barroso e forma Governo, igualmente coligado com o CDS-PP
Dez/2004 – Sampaio dissolve Parlamento e convoca legislativas
Fev/2005 – José Sócrates torna-se PM, com maioria absoluta
Para a credibilização externa da JSD, é importante que se privilegie a sustentação política e técnica das diferentes e incontáveis propostas que defendemos, em prejuízo do mediatismo que se esgota na espuma dos dias.(Pedro Duarte)
Pedro Duarte é o presidente que transporta a JSD para o mediatismo moderno: nos seus mandatos a JSD ocupa o espaço noticioso e suplanta largamente a visibilidade das restantes jotas.
A preocupação com a imagem notou-se, por exemplo, no uso das novas tecnologias: a JSD foi a primeira organização política de juventude a ter um site (polémico na altura) e a transmitir on-line o seu Congresso Nacional.
O tempo de Pedro Duarte divide-se em Oposição e Poder. Em ambas as situações, consegue-se continuar a elevar a irreverência a altos patamares. A Prevenção de Riscos (Prostituição, Toxicodependências, Educação Sexual) foi prioridade no mandato, partilhado espaço mediático com intenso trabalho nos campos do Associativismo e Educação (Estatuto do Aluno e Ensino Superior).
O 11 de Setembro e as lutas por Timor livre estarão também muito ligados ao seu tempo.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Nov/1998 – Referendo sobre a regionalização, com vitória do “não”
Mai/1999 – Durão Barroso torna-se líder do PSD.
Out/1999 – PS volta a vencer legislativas com maioria relativa.
Jan/2001 – Jorge Sampaio renova mandato presidencial.
Mar/2001 – Legalizadas as uniões de facto e reconhecidos direitos a casais homossexuais.
Jul/2001 – Descriminado o consumo de drogas leves.
Dez/2001 – Guterres demite-se de Primeiro-Ministro na sequência de maus resultados das eleições autárquicas.
Jan/2002 – Euro, moeda europeia, substitui as moedas nacionais.
Mar/2002 – Durão Barroso ganha legislativas com maioria relativa e chefia coligação com CDS-PP, com maioria absoluta no Parlamento.
A nossa acção cumpriu a função de posicionar ideologicamente a JSD na fronteira esquerda do PSD. É lá que me sinto bem. E é lá que a JSD sempre esteve, desde a sua fundação.(Jorge Moreira da Silva)
“Estabilidade” é a palavra que pode definir os dois mandatos de Jorge Moreira da Silva. António Guterres acabara de se tornar Primeiro-Ministro (fica 6 anos no Poder) e, meses depois, Jorge Sampaio inicia funções em Belém (10 anos de exercício). De igual modo, Marcelo Rebelo de Sousa PSD torna-se líder do PSD (3 anos).
Foram tempos em que a JSD teve espaço para trabalhar, sem reviravoltas no funcionamento das instituições. Mas foi também tempo de reconquistar a confiança de uma juventude desavinda com o final do cavaquismo, e que exigia o regresso à irreverência.
Jorge Moreira da Silva é também o presidente que reaviva as bandeiras da Educação, Droga e Segurança Social, e aquele que tem de lutar (com sucesso) pela manutenção da representatividade da JSD no PSD, em risco devido a uma revisão estatutária.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Jan/1996 – Jorge Sampaio vence presidenciais contra Cavaco Silva.
Abr/1996 – Marcelo Rebelo de Sousa eleito líder do PSD.
Dez/1996 – Ramos-Horta e Ximenes Belo recebem Nobel da Paz. Timor ainda não é livre.
Mai/1998 – Abre a Expo 98, em Lisboa.
Jun/1998 – Referendo sobre o aborto, com vitória do “não”.
Quase tão importante como as bandeiras que defendemos é a maneira como lutamos por elas: as convicções não justificam tudo mas tudo deve ser feito com convicção, para valer a pena.(Pedro Passos Coelho)
Pedro Passos Coelho teve a mais longa liderança na JSD. Os seus mandatos acompanharam a presença do PSD no Poder e as dificuldades de afirmação que essa responsabilidade naturalmente implica. Ainda assim, no seu tempo a JSD conheceu uma popularidade ímpar. Passou a ser “in” militar na Jota.
O fervilhar da UE pairou sobre o seu mandato: União Económica e Monetária, Mercado Único Europeu, Acto Único Europeu, Espaço Schengen eram expressões do dia-a-dia. E transformações que se reflectiam directamente na vida dos portugueses.
Tempos complicados foram os do final de mandato. A JSD teve de conciliar o apoio ao Governo com a defesa dos estudantes. A gestão dos dossiers “Propinas” e “Prova Geral de Acesso” nem sempre foi fácil, provocando tensões entre a JSD e o Partido.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Abr/1990 – Durão Barroso, Secretario de Estado da Cooperação, inicia negociações para a paz em Angola.
Jan/1991 – Mário Soares é reeleito Presidente da República.
Out/1991 – Cavaco Silva renova maioria absoluta.
Jan/1992 – Portugal assume pela primeira vez a presidência da EU.
Fev/1992 – Tratado de Maastrich substitui CEE pela EU: o início da cidadania europeia.
Fev/1995 – Fernando Nogueira eleito líder do PSD.
Out/1995 – António Guterres (PS) vence legislativas com maioria relativa.
A coexistência da JSD com um PSD no Poder não prejudicou a sua postura crítica. Afirmou-se sempre com dignidade e qualidade, alicerçando a sua acção na Formação de novos quadros políticos. (Carlos Coelho)
Carlos Coelho é o Presidente da exigência e da qualificação. Estará para sempre ligado à formação de jovens quadros políticos e ao rigor no desempenho de qualquer tarefa. É esse o seu legado às gerações vindouras.
Foi um dos responsáveis pelo PPJP, marca distinta da Juventude Social Democrata: olhar para o futuro como barro para moldar.
Pelos mandatos de Carlos Coelho passou um intenso trabalho em três áreas fundamentais para a JSD: cidadania jovem (a Lei das Associações de Estudantes foi um diploma inédito que lançou as bases para os anos seguintes), toxicodependência (o primeiro relatório parlamentar sobre este problema) e o ambiente.
Finalmente, Carlos Coelho envolve a JSD nas relações internacionais, como são exemplo a oposição ao Cemitério Nuclear em Espanha e os massacres da Praça de Tianamen.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Abr/1987 – Governo de Cavaco Silva cai com a aprovação de uma moção de censura apresentado pelo PRD.
Mar/1987 – É assinada a devolução de Macau à China.
Jul/1987 – Cavaco Silva ganha as legislativas com maioria absoluta. É a primeira vez que um único partido atinge essa meta.
Mai/1988 – Criado o primeiro enquadramento legal para as reprivatizações.
Jun/1989 – Revisão Constitucional aprova reprivatizações no sector público e elimina expressões revolucionárias no texto constitucional.
Exercermos a acção política ao lado e com a Juventude Portuguesa é afirmarmo-nos como representantes dos jovens junto do e no Poder e não como comissários do Poder junto dos jovens. (Pedro Pinto)
Pedro Pinto é um dos símbolos da independência da JSD face ao PSD. Combativo e corajoso, Pedro Pinto enfrentou a ira do Partido quando votou favoravelmente a Proposta de Lei de Despenalização do Aborto contra a indicação da bancada do PSD.
O seu mandato ficou marcado por essas lutas de afirmação em que a identidade e autonomia da instituição saíram reforçadas.
Lança-se o Projecto Político para a Juventude Portuguesa (PPJP), que mobiliza toda a estrutura num fortíssimo movimento de reflexão.
Marcou-o igualmente a Guerra do Afeganistão, em que a JSD tomou parte activa na sensibilização da opinião pública para a transgressão que estava a ser cometida.
Esse é também um dos traços da Jota: a solidariedade e a defesa dos Direitos Humanos.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Dez/1982 – Pinto Balsemão demite-se de Primeiro-Ministro, pondo fim à AD. No PSD é substituído por Nuno Rodrigues dos Santos.
Fev/1983 – Mota Pinto é eleito líder do PSD.
Jun/1983 – Mário Soares lidera Governo do Bloco Central (PSD e PS).
Nov/1983 – Aprovadas as primeiras leis de privatização (banca, seguros, cimentos e adubos).
Jan/1984 – É legalizado o aborto em caso de violação, má-formação do feto ou risco para a mãe. PSD vota contra. JSD vota a favor.
Fev/1985 – Mota Pinto demite-se de líder do PSD e de Vice-Primeiro-Ministro. Sucede-lhe Rui Machete.
Mai/1985 – Cavaco Silva é eleito líder do PSD que rapidamente anuncia o fim do Bloco Central.
Jun/1985 – Mário Soares assina a Adesão de Portugal à UE (na altura CEE).
Out/1985 – Cavaco Silva ganha legislativas com maioria relativa.
Jan/1986 – Portugal entra para a CEE.
Fev/1986 – Mário Soares vence eleições presidenciais.
Lutava-se então pela solidificação da democracia, pela liberdade, pelos direitos do homem e pela instauração de um Estado de Direito. Tudo dentro de um modelo de sociedade específico, a social-democracia humanista e personalista. (António Lacerda de Queiroz)
Formalmente, é o primeiro Presidente da JSD. Filiou-se logo em 1974: motivava-o a figura de Sá Carneiro e as lutas que o País estava obrigado a travar, se queria ser uma verdadeira democracia.
Viveu intensamente o 28 de Setembro de 74, o 11 de Março de 1975, o cerco à Assembleia Constituinte, a censura, as perseguições e outros momentos marcantes.
Assistiu ao dealbar da democracia portuguesa, seus avanços, recuos e muita instabilidade governativa.
Principais acontecimentos durante o seu exercício:
Jan/1979 – Portugal torna-se membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU. À altura, Ramalho Eanes é Presidente da República e Carlos Mota Pinto é Primeiro-Ministro.
Abr/1979 – Grande cisão no PSD: 37 Deputados passam a independentes devido a divergências com Sá Carneiro.
Jun/1979 – Mota Pinto demite-se de Primeiro-Ministro. Sucede-o Maria de Lurdes Pintasilgo, num Governo que dura 4 meses.
Jul/1979 – Sá Carneiro funda a Aliança Democrática (AD) com o CDS e o Partido Popular Monárquico.
Dez/1979 – A AD ganha as Legislativas com maioria absoluta. Sá Carneiro torna-se Primeiro-Ministro em Janeiro.
Dez/1980 – Morte de Francisco Sá Carneiro, Primeiro-Ministro e líder do PSD.
Jan/1981 – Pinto Balsemão torna-se Primeiro-Ministro, com a AD.
Ago/1982 – Revisão Constitucional põe fim a duas tutelas: do poder militar sobre o civil e do Presidente da República sobre o Governo. É o início do sistema político português como hoje o conhecemos.