UV 2022 | Destaques do 4º Dia

O quarto dia da Universidade de Verão começou com a aula “Saúde: Que prioridades?” lecionada por Ana Paula Martins e Eurico Castro Alves. Nesta sessão foram abordados temas estruturais para a recuperação e valorização do SNS, sendo consensual que a Saúde é uma área prioritária e estratégica de governação.  A justiça na prestação dos serviços do SNS é um fator chave porque “o mais importante é fazermos chegar os cuidados de saúde a todos os cidadãos, É mais importante isso do que a ideologia de dizer que só o Estado pode prestar este serviço”, defendeu Eurico Castro Alves.

Partindo da realidade que a saúde está doente, Ana Paula Martins reforçou que “precisamos de resultados para os portugueses, precisamos de reformas certas nos tempos certos, autonomia e descentralização no modelo de governação – o país é pequeno, mas muito diferente e assimétrico”.

No período da tarde, os alunos apresentaram os trabalhos realizados pelos diferentes grupos, uma das tarefas que gera mais debate na Universidade de Verão. Nesta sessão, os alunos da UV apresentaram diversas medidas para 10 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Medidas a serem aplicadas por todos os elementos da nossa sociedade, desde as pessoas, as organizações, as empresas e o próprio Estado, pois a Agenda 2030 e os ODS são a visão comum para a Humanidade, um contrato entre os líderes mundiais e os povos e “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta”.

O jantar-conferência desta quinta-feira contou com a presença de Francisco Assis, que respondeu à questão “A democracia está ou não está em risco?”. Na sua intervenção inicial, o Presidente do Conselho Económico e Social esclareceu que, desde a sua criação, a democracia sempre esteve em risco, pois o risco da democracia parte de um processo de incerteza e insatisfação política e social. “As democracias vão sobreviver, as democracias vão ganhar, mas para isso é preciso um espaço público mais informado e mais exigente. Entre a sociedade civil e as instituições estatais, tem que haver um espaço público informado, inteligente e que faça pela discussão razoável dos mais diversos assuntos”, concluiu.