A Esperança Está a Morrer

Com a recente maioria absoluta socialista, eu, como um jovem de 17 anos ponho-me a pensar no futuro, e digamos que a esperança, sendo a última, pode estar mesmo a morrer.

Neste momento estou a meio do 12º ano e, se tudo correr como esperado, estarei a 3 anos e meio de concluir uma licenciatura, tudo isto com um governo absolutista de António Costa.

De diploma na mão estarei a tentar conseguir emprego, sem sucesso ou com sucesso muito reduzido, já que os jovens licenciados continuarão a ter trabalho precário. Os meus amigos, tal como eu, continuaremos a viver em casa dos nossos pais, visto que a emancipação continuará a ser um problema e os jovens, como dizia Vasco Santana, estarão a “tenir sem um tostão” mesmo depois de terminarem a sua vida de estudante.

Mas, afinal o que se passará durante este tempo? Bem, a dona Lurdes de Beja estará ainda à espera da consulta para ser operada e a família Silva ainda não tem médico de família ou algum médico a quem recorrer tal como os outros 1.2 milhões de portugueses.

O trabalho precário não se reduzirá só àqueles que, como eu, entrarão para o mercado de trabalho, mas também para aqueles que já lá estavam porque as empresas estarão aflitas com o IRC e a sua carga fiscal.

Então e o IRS baixa? Sinceramente não sei, mas o que é certo é que os combustíveis já aumentaram mais 140 vezes, mais coisa menos coisa, com 60% do seu valor a ser impostos. Sendo assim, uma coisa compensa a outra e juntando ao IRC e às outras taxas, teremos a certeza de que a austeridade vive no nosso país e que a sua amiga inflação já comprou uma casa em Portugal.

E a TAP? A TAP continuará no saldo negativo, a receber os donativos do povo de 3 mil milhões e a dívida pública agradece porque está a crescer a olhos vistos.

Interior? Realmente queria ficar em casa, mas o que é que pessoas do interior, como eu, ganham com isto em específico? Ganhar nada, a não ser o esquecimento por parte do governo como já se tinha verificado, com a desvalorização do mundo rural, a desertificação constante e cada vez com menos habitantes.

No meio disto tudo sabem o que é engraçado? É que o computador que estava reservado para mim em 2020, há 2 anos letivos, está agora reservado para o Francisco de Guimarães, que neste momento frequenta o nono ou o oitavo ano. Curiosidade das curiosidades? Ele também estará ainda à espera do bendito PC.

Com isto tudo o que acontecerá? Bem, nada, a não ser estarmos ainda mais na cauda da Europa, a geração portuguesa mais qualificada de sempre importantíssima e preponderante para o PIB, talvez o Luxemburguês ou o Britânico.

Como afirmei no início, a esperança está a morrer e a sua réstia está num futuro posterior a este governo.