De uma forma geral, a pandemia covid-19 teve bastante impacto em todos os setores de atividades e vidas a nível mundial. Para este artigo, vou incidir mais sobre o impacto da mesma num atleta/estudante universitário.
De facto, foram tomadas algumas medidas de modo a evitar a propagação do vírus, como é o caso do fecho das escolas, dos comércios e a limitação de alguns serviços de saúde, o que surtiu efeito, ainda que moderado. No entanto, essas mesmas medidas acabaram por ter um efeito negativo no dia-a-dia das pessoas, nomeadamente, num atleta e na sua atividade física.
Uma das mudanças mais evidentes na vida destes estudantes foi a adaptação a uma nova rotina, com a falta de aulas presenciais, de treinos, de provas competitivas em equipa ou individuais e ainda de um quotidiano mais ativo/preenchido. Por consequência, houve uma maior falta de concentração e motivação nas aulas e nos treinos, o que torna a vida de um atleta/estudante universitário mais deprimente. Outras consequências visíveis são o nervosismo e a ansiedade por lidar com esta nova rotina, na qual imperam sobretudo atividades diárias mais solitárias.
Acresce-se ainda, o receio de se contaminarem ou estarem contaminados e assim propagar a doença, o que leva a um isolamento ainda mais acentuado.
Para além de consequências de saúde mental e física, também a nível económico os atletas/estudantes sentiram algumas dificuldades, pois podiam beneficiar de apoios de clubes ou mesmo da universidade que foram suspensos, o que levou a que muitos sofressem em silêncio, até por vergonha em pedir ajuda.
Em suma, as atividades desportivas extrauniversidade eram uma forma de escape para estes estudantes se libertarem da pressão e das tarefas de estudo, o que permitia que se sentissem mais relaxados e predispostos ao estudo e tarefas diárias. Com esta pandemia, surgiu um vazio na vida destas pessoas que é necessário combater.