Rendas Elevadas no Alojamento Universitário

O nosso país está repleto de jovens que pretendem ingressar no ensino superior. Aquando da sua chegada, estes depararam-se com uma dura realidade no que diz respeito ao alojamento.

No caso de Aveiro, e tendo em conta a dimensão e variedade de cursos disponíveis na Universidade, esta é uma cidade que recebe por ano milhares de estudantes provenientes de todas as regiões do nosso país. Ao longo dos últimos anos, estes jovens, que se deslocam das suas cidades Natal com o objetivo de iniciarem o seu percurso académico, têm inúmeras dificuldades em encontrar quarto ou apartamento. Segundo os dados do último relatório do INE (Instituto Nacional de Estatística), esta foi uma das regiões onde houve um aumento mais significativo no preço do arrendamento, cerca de 11,9%. Esta subida exacerbada do preço levou a que, atualmente, um estudante pague entre 190 e 250 euros por um quarto e em muitos dos casos estes até se situam longe do campus universitário o que leva a um acréscimo de, para além da alimentação, o pagamento de transportes públicos.

Esta situação precária dos nossos estudantes deve-se ao aumento do turismo e, por consequente, dos alojamentos locais, porque na nossa sociedade, o que reina é o mercado. A questão que se levanta é “Como é que uma família de classe média, consegue por mês despender de quase 500 euros para o seu filho estudar?”

Importa ainda salientar, que a UA (Universidade de Aveiro) para tentar mitigar esta realidade, dispõe de cerca de 16 residências universitárias para os seus estudantes, docentes, visitantes e funcionários e ainda, apresenta uma lista de alojamentos qualificados que pode ser consultada no seu site. Contudo, este é um número insuficiente tendo em conta o número de alunos que por ano são colocados na instituição.

Concluindo, a verdade é que se verificam graves problemas em relação aos alojamentos universitários e que estão longe de estar resolvidos, devido à elevada procura de alojamento, à reduzida oferta e aos limitados apoios financeiros. É fulcral apoiar os jovens neste difícil e stressante momento das suas vidas, para que sejam os mais proveitosos.

 

Bibliografia:

Caetano Edgar (2021). Rendas dispararam 11,5% no segundo trimestre. Oeste, Aveiro, Madeira e Porto com as maiores subidas. Disponível em: https://observador.pt/2021/09/28/rendas-dispararam-115-no-segundo-trimestre-diz-ine/